segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

TRÊS XÍCARAS DE CHÁ.

Estou lendo "a terceira xícara de chá" de Greg Mortenson e David Oliver Relin. Este último é um jornalista que narrou, neste livro, a história do homem que combateu o terror com escolas e livros no Afeganistão e no Paquistão, Greg Mortenson.
Mortenson era um alpinista norte-americano que, em 1993, se extraviou da comitiva de carregadores e guias levada por ele e outro alpinista, Scott Darsney, para tentarem escalar o K2, a segunda mais alta montanha do planeta e considerada pela maioria dos alpinistas como a mais difícil de ser escalada.
Haviam fracassado na tentativa. Na descida ele foi se afastando dos outros e se perdeu na geleira chamada Baltoro que mais se parecia um labirinto do que uma trilha.
Passou a noite sozinho na montanha gelada, tendo apenas um cobertor de lã fina do exército paquistanês, um cantil vazio e uma barra de cereal. Todos seus outros acessórios, saco de dormir forrado de plumas, roupas quentes, tenda, fogão, comida, até o lampião e os fósforos estavam na mochila que um dos carregadores transportava.
No manhã seguinte, com a claridade, perambulou metade do dia até encontrar o carregador que também se afastara da comitiva no intuito de encontrá-lo. Caminharam, como puderam, por mais sete dias para alcançarem a aldeia natal desse seu anjo da guarda de nome Mouzafer. A aldeia se chamava Askole.
Normalmente, à tarde, Mouzafer andava mais rápido para preparar o acampamento e o jantar, enquanto Mortenson ia mais devagar parando para descansar com frequência. À noite, a fumaça da fogueira de Mouzafer o guiava até chegar ao local de dormir.
Só que no sétimo dia, quando Mortensom avistou as primeiras árvores, cinco álamos curvados pelo vento, como o aceno de uma mão acolhedora, extasiado, contemplando o aspecto verdejante das árvores, não viu a trilha principal que se bifurcava até o rio e ele se perdeu pela segunda vez. Deveria ter atravessado o rio para seguir para deu destino, Askole, que ficava a treze quilômetros ao norte. Em vez disso, continuou na trilha que margeava o sul do rio, seguindo em direção às árvores.
Resumindo, acabou chegando numa outra aldeia de que ele nunca ouvira falar e que também nunca vira um estrangeiro, Korphe.
Em Korphe, foi recebido e acolhido e quando perguntou por Mouzafer é que perceberam o engano. Mas não o deixaram sair porque se gastaria mais um dia para chegar lá.
Ele acabou ficando nesta aldeia até se recuperar fisicamente.
No final do dia seguinte ao de sua chegada ouviu uma grande gritaria e foi, com a maioria dos moradores, até o penhasco sobre o rio Braldu, quando viu um homem pendurado sobre uma caixa suspensa por um cabo de aço estendido a 60 metros acima da água. Cruzar o rio dessa maneira diminuia meio dia de caminhada, mas uma queda seria fatal. Quando o homem chegou ao meio do desfiladeiro, Mortensom reconheceu Mouzafer, e viu que ele estava enfiado no pequeno cesto, feito de restos de tábuas, em cima de uma mochila de 40 quilos.
Reencontrou Darsney e foram de jipe até Skardu onde havia um alojamento de alpinistas chamado K 2 Motel. Mas Mortenson sentiu que alguma coisa o chamava de volta a Korphe, e retornou assim que conseguiu uma carona.
( Esse relato vai continuar porque a mensagem que essa história vai repassar ainda demora um pouco).

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