quarta-feira, 18 de julho de 2012

DE VOLTA

  • Estive ausente por longo tempo. Deu trabalho até para conseguir acessar o modo de postagem desse blog. Mas o bichinho roedor ta me fazendo cócegas nos dedos catadores de teclas.
  • Depois do tio Raimundinho não fiz mais necrológio algum. Também um blog não vive apenas de necrológios. Nem blogueiro nenhum pode ficar escrevendo depois da meia-noite, que as sombras ficam soltas na noite e as influencias malignas podem se apoderar dele. Continuo amanhã. 
  • Voltei. Há alguns dias, a professora Ilda, da quarta série do ensino básico do Grupo Escolar Padre João Borges Quintão, veio me convidar para a mostra literária da Escola, em que sua turma iria  focalizar Babilonia e seus fantasmas. Foi muito legal. Os meninos ilustraram quase todas as cronicas. Antes, o Ronan, o Davi, o Caique e a Ellen vieram me entrevistar. Queriam saber sobre esse escrevinhador. Se casado, se tinha filhos, quantos, nomes e outras curiosidades. Só que me esqueci dos netos. Imperdoavel. Não falei do Pedro que já está lendo feito gente grande. Da Alice que é o solzinho que ilumina, aquece e deixa-nos todos  de boca aberta com suas tiradas, sua alegria e sua maturidade. E da Marina que está chegando, já sobrevoando o aeroporto, com a pista de pouso preparada e se aproximando vertiginosamente.
  • E a criançada ia explicando os desenhos que fizeram. Liam resumos que escreveram das cronicas e, para encerramento com chave de ouro, encenaram a história da Sá Ana papuda. Fiquei até meio abobalhado com o interesse e a seriedade com que  as crianças encararam o desafio. Fiquei também muito feliz ao ver que estão desenvolvendo o hábito de ler e orgulhoso por terem escolhido uma pequena obra que abordou pessoas que viveram na terra deles. Pessoas que foram contemporaneas de seus antepassados. De quem não teriam a menor notícia se não estivessem registradas nesse livrinho.
  • No final da apresentação, como não poderia deixar passar em branco a iniciativa, sorteamos alguns volumes do livro e o que me deixou ainda mais feliz foi a torcida de cada um para ser sorteado. O Ronan ficou inconsolável por não ter sido contemplado no sorteio. Nao tive coragem de deixá-lo tão triste e já trouxe um para ele também.
  • Só tenho que agradecer a professora e seus alunos pela iniciativa que para mim teve o valor de uma homenagem e das mais supimpas.