segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

VALE REAL E RIO MARLI

De vez em quando, muito de vez em quando, por sinal, alguem ao me encontrar diz que gostou de tal e tal coisa que apareceu escrita aqui. Então, simploriamente, pergunto porque não postou um comentario que me daria muito prazer de ler. Afinal esse blog não é de mão única. Então me respondem que não conseguem. Resolvi experimentar. Achei meio estranho. Parecia que o micro travava. Mas consegui postar um, aliás dois comentários sobre o comentário. Confiram. É que tem um tal de perfil para selecionar. Mas optando pela conta do google a coisa funcionou. Pois é.
Mas isso foi só um parentesis. Domingo passado, que foi ontem, fui ver um embate futebolístico, como diriam os puristas da língua, entre o time profissional de futebol da cidade de Itabira, o Valério, versus a seleção de Marliéria, minha terra babilônica.
Pra começar, descobri que o time de minha terra natal agora se denomina REAL MARLI. Vejam que a troca de duas letras traz uma evocação muito forte em se tratando desse esporte. Na verdade, troca-se apenas uma letra. O R é deslocado de sua posição inicial. É recuado como se recebesse a missão de armar um esquema de retranca. E o D é substituido pelo polivalente L. Para atuar com Liberdade, Ligeireza, ligando a defesa ao ataque, como dizem nossos consagrados e não menos comptetentes comentaristas.
Mas não houve estratégia linguística que desse jeito. o RIO do VALE não tomou conhecimento de tanta sofisticação. No início houve um embolamento natural para tão exuberantes atletas em tão exíguo espaço físico. Mas assim que conseguiram calibrar os passes, diminuir a força e se adequarem ao tamanho do campo, impuseram sua superioridade atlética e técnica. Sem esforço construiram um placar, mesmo porque o estádio não tem placar, virtual de 8 a 1. Se tivessem combinado antes da partida que o mais fraco teria seus gols multiplicados por dez (10), poderiamos agora nos vangloriarmos de ter vencido um time profissional que disputa a série B do campeonato Mineiro, por exatos 10 a 8 (dez a oito). Vejam como é importante um ajustamento prévio. É por isso que se aconselha que ninguém deve assinar um contrato sem consultar seu advogado. Se tivessem me consultado...

sábado, 2 de janeiro de 2010

NO ANO NOVO

Estou de bobeira acompanhando a copinha da cidade de São Paulo. Pela internet. Que anunciaram no jornal transmissão pela tv paga. PFC só jogos antigos. SportTV 2 também não sabe de nada. São as que tenho. Aí, na internet uma boa notícia. Até agora 5 X 0 num tal de S. José de Porto Alegre.Já dá para começar.

Mas o ano começou brabo. Parecia que estava profetizando na última postagem. Aí, o ser humano tanto provocou que a natureza deu o troco. Deslizamentos de terra fazem vítimas por todo lado. Parece que a beleza natural foi feita só para ser admirada. Contemplada. Não é para ser possuída. Porque o homem quando se apropria de alguma riqueza natural, via de regra, se torna egoista. É só dele. Os outros só poderão usufruir se pagarem.

Por enquanto ainda restam o ar e o sol, também a lua que nenhum homem conseguiu aprisionar para vender aos seus semelhantes. Por enquanto. O ar ele não pode registrar ainda como propriedade particular, por isso o empesteou com todo tipo de poluição. O sol, de certa forma, ele o nega aos outros. Vejam vocês. Você mora durante vinte, trinta anos com o sol nascente lhe dando bom dia em sua janela. A lua lhe dando boa noite. De repente, surge como assombração um espigão enorme à sua direita ou à sua esquerda lhe dizendo de agora em diante nada de sol ou lua. Se você conseguiu um dispositivo para aquecer sua água de banho com a energia do astro rei, achando que estava contribuindo com a coletividade humana. Gastando menos energia elétrica, sobrando mais para todo mundo. Diminuindo o perigo de apagões. Mas não. Bobeira sua. Quem é mais esperto ergue na sua cara um muro que tira sua visão, sua brisa no verão. torna ineficiente seu investimento e pode espernear que não adianta. Não existe lei que proiba o mais esperto passar a perna no seu semelhante. A gente projeta uma lojinha e pode ocupar o lote todo. Depois a lojinha vira garagem. A prefeitura com letra minúscula aprova.

Olhem que até Deus com maiúscula vira deus e vai ser vendido em prestações. Aliás, já é.

Até me esqueci do jogo. Nem vou parar paara ver como ficou.

Mas a gente vê também quem se preocupa com seu semelhante. E age para ajudar. Esse restinho de humano que existe em muitas pessoas é que nos dá esperança. Quem sabe os espertos um dia vão entender que não adianta querer tudo. Açambarcar tudo é bobagem. A natureza é de todos, assim como a praça é do povo e o espaço é do condor.