quarta-feira, 1 de agosto de 2012

MARINA, MARINAR

Marina, tô me sentindo o pior avô do mundo. Sabe, não vou ter como esconder. Escrevi poema pro Pedro, antes dele nascer. Escrevi prAlice também. Se bem que me criticaram dizendo que falei mais do Pedro do que dela. Pra você não escrevi nada até agora. Agora já é tarde que você já nasceu. Já estou condenado ao inferno dos avôs que não fizeram poemas pras netas caçulas. Mas vou tentar me redimir. Será que consigo umas indulgências pra comprar minha absolvição? Mas não falemos de corrupção, nesses tempo encachoeirados. Falemos de amor, carinho, amizade e outras amenidades. Viu, amizade rima com amenidades, ta começando o poema...

Você tão pequenina, menina, Marina
virou verbo
Marinar.
todos estão marinando
E quando você abre seus olhinhos
o mundo se descortina
e a gente fica pensando será que você
de verdade ainda não vê?
sei lá...

AV.