terça-feira, 29 de julho de 2014
HOMENAGEM A TACAO
Ainda o conheci Taquinho. Das carteiras das “Escolas Reunidas de Marliéria”, do antigo Grupo escolar que virou seminternato que virou biblioteca. Do tranquilo sítio Provisório, onde passava a semana com os avós para ficar mais perto da escola. Armando arapucas para pegar passarinhos. Ajudando o avô Luiz Gonzaga nos pequenos trabalhos diários. Fazendo estilingues com gancho de pé de goiaba e borracha de câmara de ar de pneu de bicicleta. Gaiolas e alçapões com talos de embaúbas e lasquinhas de bambu. Depois Taquinho foi estudar para ser padre, em Pará de Minas. Aí chegou outro Taquinho menorzinho e o nosso Taquinho foi promovido. Só que não passou pelo estágio que seria normal de virar Taco primeiro. Foi direto para Tacão. O engraçado que nem tão “ao” era então. Esse proeminente arcabouço só veio muito depois com a evolução natural das espécies anunciada pelo famoso estudioso das tartarugas. Assunto muito pesquisado pelo próprio, quando, ainda morador do Provisório, tinha sua coleção de cágados habitando as águas límpidas e clamas do ribeirão que cortava o sítio. Filho de um famoso goleiro que incorporou ao nome sua eficiência, o Sr. Luiz Pega-Pega, de saudosa memória, não me lembro bem de suas atividades futebolísticas. Parece-me vê-lo como goleiro de futebol de salão, hoje futsal. Mas o Pega-pega ficou esquecido no passado. Mas em outras áreas sua participação foi marcante. Na música começou lá sua brilhante trajetória de instrumentista. Figura indispensável em quantas bandas se formassem como trombonista , trompetista, pistonista e tudo que termine em “ista” nessa difícil arte de encantar os ouvidos de quem os tem preservados da ruidosa tempestade sonora que assola a humanidade. Como a música é praticamente uma ciência exata, daí para a matemática não chegou nem a ser um pulo, foi uma passagem suave unindo duas de suas paixões. Existiam e existem muitas outras das quais não nos cabe divagações. Como o Oratório Festivo ainda em Pará de Minas, com os passeios meio clandestinos de bicicletas emprestadas pelos oratorianos e as degustações mais clandestinas ainda dos vinhos da Missa na sacristia, mas isso são águas passadas. Voltando a Marliéria quando acordou do sonho de ser padre, virou professor de matemática e de música e por vários anos convivemos no colégio, na cidade, fazendo nossas serenatas, ficando, às vezes, junto com o Liberato, madrugadas inteiras conversando e fazendo planos para o futuro no alpendre do Grupo Escolar, do teatro que nem era ainda Mutirão, ou naquele parquinho que havia no lugar onde hoje é a quadra de esportes. Você se lembra? Pois é, você foi para Itabira trabalhar na Vale do Rio Doce. Eu fui embora também procurar outros caminhos e só o Liberato ficou aqui como fiel escudeiro dessa terra que nos amou e que nós amamos muito e que hoje homenageia você por ser esse filho ilustre que nunca a abandonou e sempre fez tudo por ela. Parabéns Tacão.
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